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Será que água que usamos em nossa casa pode ser incompatível com as químicas que fazemos em nossos cabelos?

Será que água que usamos em nossa casa  pode ser incompatível com as químicas que fazemos em nossos cabelos?
Tatiana de Fatima Ferreira Vaz
Aug. 21 - 3 min read
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Pesquisa realizada mostram que sim, apontam resíduos de sais minerais nos fios. Algumas mechas esquentam muito ao descolorir. O aumento da temperatura no momento da coloração é sinal que mais alguma reação química está ocorrendo, este fator acontece geralmente quando há alumínio, ferro, cobre ou chumbo depositado no fio.

Quando apresentam estes resíduos normalmente estas substâncias vem do encanamento que não são de PVC, geralmente estas tubulações são encontradas em apartamentos, casas antigas.

No processo de tratamento da água é comum o uso de sais de hipoclorito, como NaOCl, para desinfecção, além do ácido fluorsilícico (H2SiF6) no processo de fluoretação, resultando numa água com pH abaixo de 7. O aumento da acidez da água pode promover, por exemplo, a solubilização do PbO2, um produto comum de corrosão de encanamentos à base de chumbo.

Outro fator agravante na contaminação por metais deve-se ao cloro residual presente na água tratada (HClO e ClO-) que promove a dissolução de metais presentes nos encanamentos, pois as reações redox envolvendo o ácido hipocloroso são favorecidas em meio ácido (2 HClO + 2 H+ + 2e- → Cl2 + 2 H2O; E0 = +1,63 V). Assim, metais como ferro (E0 Fe3+/Fe = -0,04 V), cobre (E0 Cu2+/Cu = +0,34 V) e chumbo (E0 Pb2+/Pb = -0,13 V) podem ser facilmente oxidados pelo ácido hipocloroso, se presentes na rede de abastecimento. O fluorsilicato de chumbo (PbSiF6) que é depositado nas paredes do cano é relativamente solúvel e, portanto, sensível às alterações da acidez da água.

Foi realizado testes para avaliar a importância do tempo de estagnação da água em canos de chumbo, assim como sua correlação com o pH e dureza da água. Para esse estudo, foi utilizado um cano à base de chumbo de 14,5 cm de altura e 3,5 cm de diâmetro, o interior do cano foi lavado com escova para remoção de possíveis depósitos minerais. Uma das laterais do cano foi vedada com uma peça de teflon e um anel de borracha, permitindo seu posicionamento na vertical e a adição de 110 ml de água para o experimento.

A concentração de chumbo na água foi medida sempre em triplicata, tanto antes de ser introduzida no cano, como após diversos intervalos de tempo. Antes de cada análise a amostra era homogeneizada, sendo retirado um volume de 100 µL e diluídos para 10 ml. Tanto para o pH original da água (6,40) como para os outros dois valores (ajustados com HCl e NH3), o processo de lixiviação de chumbo com o tempo foi evidente. Apenas 30 min de residência da água no cano foram suficientes para elevar a concentração do metal acima do limite tolerável de 48,3 nmol L-1, para os três valores de pH estudados.

DICAS:

 Para este caso, deixar esvaziar a água que está parada por um longo tempo no cano antes do banho ou qualquer outra atividade a realizar, até mesmo para cozimento de alimentos.  Ou possuir um filtro de água.


Achei super interessante e quis compartilhar esta pesquisa com vocês.

 


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