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Função da proteína hidrolisada do arroz nos cosméticos capilares

Função da proteína hidrolisada do arroz nos cosméticos capilares
Carla dos Santos Nascimento
nov. 11 - 4 min de leitura
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Existem evidências de que mulheres japonesas, há praticamente mil anos atrás, ao lavar o arroz não descartavam água, ao invés disso aplicavam-na nos cabelos.

Havia um estilo na época (algo como um rabo de cavalo próximo à nuca com cabelos muito longos, próximos ao chão), que fazia parte do estilo das mulheres da corte durante o século XII.

Mas, essa tradição milenar… tem espaço no século XXI?

​O cabelo é um tecido incapaz de se regenerar, e por isso, precisamos de produtos cosméticos que nos auxiliem nesse processo de reposição do que foi perdido.

Cabelos naturais são danificados por atividades do dia-a-dia, molhar, secar, pentear, por exemplo. Já os cabelos são processados quimicamente (como colorações, descolorações, alisamentos, relaxamentos e permanentes) sofrem danos ainda mais extensos, tanto nas cutículas (a parte mais externa dos fios) quanto o córtex e camada hidrolipídica (a parte gordurosa do interior do cabelo).

Produtos com proteína vegetal hidrolisadas são capazes de reparar temporariamente parte destes danos, tapando “buracos” na cutícula e fortalecendo as hastes por eventualmente penetrarem no interior dos fios (quando as proteínas são suficientemente pequenas).

Proteínas são “aglomerados” de aminoácidos, que se arranjam em cadeias, como se um grupo de aminoácidos desse as mãos em uma fila.

Estas cadeias de aminoácidos podem ser bastante compridas e mesmo que tenham carga elétrica substantiva aos cabelos, o seu tamanho dificulta a ação no fio e impossibilita a absorção pelos fios.

O processo de hidrólise “quebra” estas proteínas em moléculas menores, que conseguem tapar com maior facilidade as falhas da cutícula. Alguns pedacinhos podem ficar tão pequenos a ponto de conseguirem “entrar” no fio de cabelo, ligando-se à estruturas internas.

É por esse motivo que a tecnologia pode ajudar a melhorar os tratamentos capilares tradicionais, e fazer como as japonesas no século XII se torna uma prática obsoleta, mesmo porque os benefícios do tratamento com essa água provavelmente não vinham delas, já que as longas cadeias dificilmente sobreviviam a um enxague.

A possibilidade de isolar a proteína do restante das substâncias presentes no grão, possibilita uma maior concentração do ativo no cosmético, a hidrólise garante ainda mais eficácia, pois o tamanho reduzido auxilia tanto na penetração do ativo quanto na adsorção pelos fios.

No século XXI, a proteína de arroz, agora hidrolisada, age tanto na aparência dos fios, no sensorial de brilho e maciez, quanto na forma de “remendar” danos à estrutura dos cabelos.

Em termos de estrutura dos fios, observa-se um aumento de resiliência (capacidade de voltar “ao normal”) e melhora da elasticidade. Age especialmente sobre as falhas que se abrem nas cutículas, podendo reparar pontas duplas, atraindo as partes que se separaram por substantividade de cargas.

A proteína do arroz, mais recentemente, é usada em conjunto com ácido fítico, composto por nanopartículas do grão de arroz, atua como antioxidante contra os danos da radiação solar; aminoácidos biofuncionais, que fortificam o cabelo; peptídeos, que reparam a fibra e polissacarídeos, que evitam efeito cumulativo do produto nos cabelos, como um excelente filtro solar capilar, preservando a cor e as proteínas dos raios solares. Isso ocorre pois o mix protege a fibra capilar do dano oxidativo causado pela exposição solar, capaz de manter a coloração por mais tempo, protegendo-a das lavagens do dia-a-dia. Quanto mais tempo um produto proteico ficar em contato com o fio de cabelo, mais proteína se ligará ao mesmo.

Você sabia que a proteína hidrolisada de arroz podia trazer tantos benefícios?  

Quanto mais tempo um produto proteico ficar em contato com o fio de cabelo, mais proteína se ligará ao mesmo.

 

Tutora de apoio Carla Nascimento

 

 

 


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